24 de fevereiro de 2012

Espanha, Grécia e Itália "desviam" depósitos bancários para a Alemanha


Muito do dinheiro que está nos bancos dos países do sul da Europa está a ser escoado para nações menos endividadas, como é o caso da Alemanha.


Os depósitos bancários na Grécia já diminuíram em 28% desde o pico atingido em Junho de 2009, para 169 mil milhões de euros no final de Dezembro passado, segundo os dados compilados pela Bloomberg. 

Em Espanha, diminuíram 5% nos cinco meses decorridos até Novembro de 2011, para 934 mil milhões de euros, o mínimo desde Abril de 2008. E em Itália os bancos tinham 974 mil milhões de euros em depósitos no passado mês de Novembro – o valor mais baixo de 18 meses. Em contrapartida, os depósitos na Alemanha aumentaram em quase 10% desde Março de 2010, altura em que foi concedido à Grécia o primeiro pacote de resgate. Os depósitos em bancos alemães subiram todos os meses, excepto em cinco, desde finais de 2009 – e atingiram 2,15 biliões de euros no final de 2011, refere a Bloomberg. 

E acontece que a deterioração do panorama para o crescimento na Zona Euro poderá exacerbar estas saídas de dinheiro, principalmente dos chamados Estados-membros periféricos.

“O maior risco sistémico é se as pessoas deixam de ter confiança em manterem os seus euros em Espanha, Portugal ou Itália”, comentou à Bloomberg um economista da Lombard Street Research, Dario Perkins. “Faz sentido colocar o dinheiro na Alemanha só para ficar seguro e é aí que reside o verdadeiro perigo sistémico. Este contágio não está ainda descontado”, acrescentou.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, disse no início deste mês que 16 mil milhões dos 65 mil milhões de euros de levantamentos de depósitos desde o final de 2009 foram para fora do país. Segundo Venizelos, 32% desses 16 mil milhões de euros seguiram para bancos britânicos e menos de 10% para contas na Suíça. 

A queda dos depósitos tem sido mais marcante nas empresas, segundo a Bloomberg. Desde Maio de 2010, os depósitos corporativos caíra 31% na Grécia, ao passo que os particulares levantaram 24% dos seus fundos. As empresas de outros países também retiraram dinheiro, como foi o caso de 21% na Irlanda, cerca de 8% em Itália e 4% em Espanha.

Em Portugal, sublinha a Bloomberg, os bancos têm conseguido contrabalançar os levantamentos das empresas com a conquista de uma maior quota junto dos negócios retalhistas. Os depósitos corporativos atingiram um máximo de 39,5 mil milhões de euros em Dezembro de 2010 e tinham descido 13% um ano depois, para 34,1 mil milhões, de acordo com os dados compilados pela agência.





Convém lembrar que durante dez anos de Euro, a Alemanha sugou as economias periféricas até ao tutano, destruiu e desmantelou as indústrias locais desses países. A estratégia que a Alemanha seguiu em relação à Europa fez com que no ano de 2011, a balança comercial alemã atingisse um superavit de 158,1 mil milhões de euros.




10 de fevereiro de 2012

III Guerra Mundial pode estar iminente


Para justificar um eventual ataque ao Irão, os EUA/NATO invocam motivos humanitários, células terroristas, possíveis ataques a Israel e um programa de armas nucleares por parte do Irão. Até agora, em todas as inspecções realizadas, a Agência Internacional da Energia Atómica não encontrou qualquer prova no sentido de o Irão estar a desenvolver armas nucleares. A população norte americana talvez acredite nestes argumentos, mas poderá o resto do mundo ser enganado duas vezes? 

Os líderes chineses sabem perfeitamente que a verdadeira agenda dos EUA não tem nada a ver com as justificações apresentadas. O verdadeiro objectivo dos EUA é conquistar as reservas de petróleo do Irão e ao mesmo tempo travar o crescimento da China. Sabemos que a China importa cerca de 22% de petróleo bruto do Irão, tem investido fortemente no país em petróleo e projectos de gás, particularmente no desenvolvimento do campo sul dos pars, que é provavelmente a maior reserva de gás natural do mundo, até agora conhecida. Tal como tinham investido na Líbia, onde acabaram por perder os investimentos devido à mudança de regime e aos bombardeamentos dos EUA/NATO, e estes fizeram-no oportunamente para consolidar a sua hegemonia por causa da ameaça competitiva da China. 

Enquanto a China (segunda maior economia do mundo) e a Rússia (super potência energética) desejam expandir-se economicamente, através de negócios pacificadores, os EUA impõem a sua força militar contra qualquer concorrente que coloque em causa a sua hegemonia económica ou militar, fazendo tudo o que for preciso para garantir o domínio do mundo. Como sempre, fá-lo-ão com a prepotência e o descaramento que são seu apanágio. Depois Israel, que faz o trabalho sujo no médio oriente com o objectivo de se expandir, têm nos EUA o seu maior aliado. Os judeus sionistas têm um lobby poderoso nos EUA de tal forma que conseguem influenciar decisões importantes relativas à politica interna e externa dos EUA.

China e Rússia estão obviamente preocupadas com o cerco militar e os exercícios provocatórios realizados pelas tropas dos EUA mesmo á sua porta, e sabem perfeitamente o que se está a passar, de tal forma, que as tropas russas e chinesas estão em estado de alerta e prontas para qualquer cenário. Sabemos que o Irão tem alianças estratégicas e laços muito fortes com a China e a Rússia, e que estes certamente não ficarão de braços cruzados ao verem o seu parceiro persa ser atacado. Desta vez, a guerra que os EUA estão a promover não é contra países indefesos, como a Líbia, o Afeganistão ou o Iraque. A Rússia detém o segundo maior arsenal bélico a seguir aos EUA, a China tem o maior exército do mundo e está a tornar-se numa super potência militar. Ambos estão a modernizar os seus arsenais, a criar novas tecnologias e têm um programa militar de cooperação conjunta. 

Poderá estar a desenhar-se um confronto entre os EUA/NATO/ISRAEL e  IRÃO/RÚSSIA/CHINA?

Esta conjuntura, pode de facto, levar-nos a pensar que podemos realmente, estar muitos próximos de uma III Guerra Mundial.