22 de janeiro de 2011

Desculpa Maria






Por razões várias te negligenciamos. Não somos bloguers a tempo inteiro, temos a nossas actividades profissionais, as nossas famílias, as nossas vidas...
Ainda assim continuamos a acreditar em ti e queremos compensar-te.
Estamos em tempo de eleições, quase sem nos darmos conta disso. As convicções estão presentes, a catarze ser-nos-á permitida por ti e dela continuará a viver este espaço.
Portugal insiste em se exibir como um dos locais mais mal frequentadas da Europa. Com a vitória que se avizinha, ameaça tornar-se num imenso Gondomar.
Eu no Porto e Oeiras aqui tão perto.
Estivemos doentes ou impedidos. Trabalhamos como cães e alguns de nós viram o salário levar uma talhada.
Perdemos o fôlego e mais uma vez te pedimos desculpa.
Sem querermos partidarizar em demasia este espaço, assumimos entre todos a liberdade de exprimirmos as nossas preferências ou antipatias. Sendo tarde no contexto das presidenciais, aproveitaremos a reflexão.
Para já importará lembrar que nos despedimos de Hazmat Modine, para darmos a conhecer Modena City Ramblers.
Dos nova-iorquinos ficam a originalidade, a alegria e descontração com que se lançam nas suas diatribes musicais. Interpretam uma original fusão de estilos tão diversos como o blues, o reggae, o klezmer, country e música cigana. Esta diversidade fica também patente nos instrumentos utilizados, originários da China antiga ou da Roménia. Encerro a sua apresentação com a citação do texto que lhes é reservado em crónicasdaterra.com:
“Uma das grandes qualidades dos Hazmat Modine que salta ao ouvido à primeira audição do seu disco “Bahamut”, é a forma mutante como os seus blues de raiz sulista nos oferecem multiplas visões temporais e geográficas da música americana e do resto do mundo: das canções de trabalho em linhas férreas, registadas por Alan Lomax com aquele som analógico e poeirento; à alma negra de Sonny Boy Williamson e ao «swing» do performer e do saltimbanco britânico Rory McLeod, quando as duas harmónicas se confrontam e imprimem um ritmo frenético; ao balanço do ragtime e do foxtrot do início do século XX; à serenidade acústica de uma banjitar que suporta os harmónicos vocais dos Huun Huur-Tu de Tuva; à forma esguia como as guitarras eléctricas facilmente entram em territórios caribenhos do reggae e do calypso, à slide que nos remete para o Hawaii e ao olhar para a música de casamentos judaicos e cigana do leste da Europa (sobretudo Romena), por via dos metais, do clarinete e do cimbalão.”

1 comentário:

  1. Boas,

    Com simpatia e entusiasmo, não desisto de vos visitar.
    Força companheiros que o vosso trabalho vai tendo muitos admiradores.

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