10 de dezembro de 2010

Quem manipula as acusadoras de Assange?

Depois de publicar o “Diário de Guerra Afegão, que tornou visível esta campanha neocolonial, cruel e desnecessária”, Julian Assange tornou-se um alvo a abater. No entanto, sua morte, ainda e sempre possível, não retirava o efeito da publicação dos 251.000 documentos secretos norte-americanos e desacreditava mais o imperialismo norte-americano. É sempre melhor desacreditar um inimigo que fazer dele um mártir, como diz o jornalista e radialista colombiano Ernesto Carmona.

Não são “flores que se cheirem” as virgens nórdicas que acusam Julian Assange de «violação» e «não utilização de preservativo». Por exemplo, Anna Ardin - a acusadora oficial - nasceu em Cuba e escreve artigos contra Fidel Castro e o seu país de origem em publicações financiadas com dólares do contribuinte estadunidense, através de grupos cubano-americanos apoiados em Miami pela CIA, enquanto a sua sócia, Sofia Wilen, de 26 anos, montou a Assange conhecido engate tipo «meias de rockeira» [calcetinera rockera] até o levar para a cama, para depois ser a primeira a acusá-lo de violação, aparentemente como vingança pelo facto de o responsável da Wikileaks não lhe ter telefonado no dia seguinte.

O historial político de Ardin foi detalhadamente descrito pelo jornalista canadiano-cubano do Granma, Jean_Guy Allard, enquanto a conspiração para destruir a imagem de Assange e desacreditar as divulgações de Wikileaks foi esmiuçada exaustivamente por Israel Shamir e Paul Bennet, tão antecipadamente como o dia 14 de Setembro de 2010, numa documentada nota intitulada «Brincando com o crime de violação pelo sitiado Assange» em CounterPounch.Org, cuja epígrafe reza «A melhor newsletter política estadunidense» (excepto Bound magazine). 

As linhas abaixo são a versão em castelhano da nota de Counter Pounch:
Tornou-se novamente nebulosa a conspiração contra o nosso herói preferido de Matrix. O nosso «Capitão Nero», Julian Assange, está outra vez frente ao perigo. Quando deixámos o lendário fundador de Wikileaks no capitulo anterior, este suspirava de alívio depois de escapar das falsas acusações de dupla violação. As denúncias caíram, e o nosso herói que ficou novamente livre para vaguear pelo globo. Mas as conspirações desta telenovela são repetitivas. A história foi rapidamente reciclada e agora o nosso valente capitão está, uma vez, mais sob a ameaça de castração por Stora Torget, de Estocolmo, ou o ansiado castigo por molestar sagradas virgens nórdicas numa terra onde em tempos reinaram os Vikings.

Por outras palavras, ressurgiram de novo as absurdas acusações de violação contra o Inimigo Público nº 1 do Pentágono. Assange agora é acusado de:
1) não ter telefonado no dia seguinte a ter desfrutado uma noite de amor;
2) ter-lhe pedido que pagasse o seu bilhete de autocarro;
3) ter feito sexo inseguro, e
4) participar em dois breves affairs numa semana.


Publicado em ODiario.info          Ler texto integral


Sem comentários:

Enviar um comentário