23 de janeiro de 2011

Cúmulo da demagogia

Sem ilustração, para não ferir espíritos mais sensíveis.

Vamos a votos. Pela enésima vez, vamos a votos.
Está bem que a democracia é repetitiva! Mas sê-lo-á por conta da falta de imaginação dos portugueses.
Também é dispendiosa! Facto que a todos deveria preocupar, levando-nos sensatamente a prescindir de tantos plebiscitos.
Eu atrever-me-ia até, a sugerir as seguintes alterações:
Eleições legislativas somente de 8 em 8 anos. Poupavamos na realização dos actos eleitorais, mas também e sobretudo, na dança das cadeiras para boys e afilhados.
As eleições presidenciais poderiam realizar-se de 10 em 10 anos. Assim como assim, os portugueses concedem sempre e a título gratuito, um segundo mandato a qualquer idiota que à primeira, o feliz acaso atire para Belém.
Quanto às autárquicas permitam-me ser um pouco menos conservador e apontar para mandatos sem termo certo. Mandatos que cessariam quando a maioria dos munícipes ou fregueses assim o desejassem. Apresentando-se como a proposta mais arriscada, a avaliar pelo passado, a maioria das renúncias dar-se-iam, não tanto por vontade das populações, mas por imposição suprema, ditada pela lei da vida – a morte.
Dito com ironia, tudo isto nos fará sentir com a elevação moral daqueles que se riem das suas próprias fraquezas.
Dito com vontade de atalhar caminho em busca da vitória mais fácil, é ardil do mais ordinário que a democracia pode parir. Mais javardo que isto, só comer bolo-rei de boca aberta e a cuspir os restantes comensais.



Sem comentários:

Enviar um comentário