23 de janeiro de 2011

Metáfora ou talvez não!




Só quero lembrar para quem ainda não percebeu, que amanhã há eleições para eleger o próximo Presidente da República! Sim é agora! Custa acreditar? É tudo tão surreal, não é?

“Dêem-me um tiro na cabeça porque sem tiro na cabeça eu vou para Belém”

Parece-me uma tentativa de se equiparar a algumas personalidades da história como Luther King. Uma auto promoção a mártir, metaforicamente falando ou não!
Para além de outras razões bem mais importantes, também vou votar contra o benefício da vitimização de alguns, contra o lunatismo e a esquizofrenia de outros, contra a arrogância e a prepotência dos de sempre.
Há quem diga que depois desta campanha presidencial o país nunca mais vai ser o mesmo. Estou muito curioso para ver qual o efeito que vai ter em algumas forças políticas.

Entretanto num país muito próximo de uma sociedade do terceiro mundo:

A- Vais votar no Domingo?
B- Vou, se acordar cedo!
A- Porquê se acordar cedo?
B- Porque está menos gente, achas que vou levar com aquela gentinha toda, não?
A- Às vezes surpreendes, dizes cada coisa!
B- Daqui a pouco estás a dizer que sou maluco, põe-te mas é fino ó…
A- Estás a exagerar, não achas?
B- Estou a exagerar? Disseste que eu sou maluco, estás a perceber?
A- Vamos resolver isto, anda daí que eu pago-te um copo, afinal somos amigos.
B- Resolver o quê? O que está dito está dito, não tenho que te dar explicações, ouviste?
A- Nem acredito que estamos a ter este tipo de conversa.
B- Não te digo mais nada, acabou! Queres pagar um copo, pagas, se não queres, há mais quem queira a minha companhia! Como eu há poucos, só os grandes, estás a perceber?
A- Depois desta cervejinha, estás mais calmo? Dá para perceberes que não estiveste bem?
B- Pensas que lá por pagares um copo vou ter que levar contigo? Até te digo mais, quem paga o meu copo sou eu!
A- Tudo bem, é pena que não dê para falar contigo.
B- Comigo? Vai mas é falar com o…
A- Vou embora, até um dia destes!
B- Vai, vai… espera aí, esqueci-me da carteira, paga-me lá o copo por favor…
A- Vês, estavas a armar-te em esperto, mas saiu-te o tiro pela culatra!
B- O quê?? Já vais pegar na arma?? Eu não preciso de armas!!!

O modo de fazer política em Portugal assemelha-se cada vez mais a uma conversa de café!


1 comentário:

  1. O mesmo nível do tasqueiro do PGR quando afirmava ouvir ruídos no seu telemóvel, garantindo que estava sob escuta.
    A mesma classe do artista circense do DGSP, que não escondeu o seu deslumbramento e admiração própria, por ter conseguido a habilidade de se desalgemar. E não sendo bandido! (segundo o próprio).
    É o Portugal dos pequenitos, presidido pelo professor Aníbal, que nada tinha a apontar ao regime do António Mau de Santa Comba...

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